Governador da Paraíba prepara PL para aumentar número de vagas para o cargo de coronel na estrutura da PMPB

A Polícia Militar da Paraíba (PMPB) conta atualmente com apenas 8.558 policiais, segundo dados da própria instituição, para garantir a segurança dos 223 municípios paraibanos. Com número reduzido de efetivo, devido à não realização dos concursos prometidos durante os quatro anos de mandato do governador João Azevêdo, os PMs estão sendo obrigados a fazer serviço extra para atender às demandas das operações de Segurança Pública.

Em vez de tentar reduzir essa disparidade por meio de concursos de recrutamento para praças, o governador João AZevêdo prepara um Projeto de Lei, para aumentar de 18 para 30 o número de vagas para o cargo de coronel na estrutura da PMPB. Atualmente, há uma proporção maior de oficiais do que de praças na Paraíba. Caso o PL seja aprovado pelo Legislativo, a Paraíba terá, proporcionalmente, o maior número de coronéis no Norte e Nordeste

Para colocar em perspectiva, a Polícia Militar de São Paulo tem um efetivo de 100.000 homens e mulheres - com 63 coronéis, enquanto Pernambuco, conta com mais de 22.000 homens e mulheres na PM - tem 30 coronéis. A proposta na Paraíba, que possui um pouco mais de 8.000 PMs, visa a aprovação de uma lei que resultaria em 30 coronéis nos quadros da instituição.

Segundo informações privilegiadas, o projeto de lei já está no departamento de avaliação de impacto financeiro. Fontes militares ouvidas pelo nosso blog revelam que a criação de novos cargos de coronel é um movimento político que visa apaziguar os oficiais insatisfeitos que estão deixando a estrutura do Hospital Edson Ramalho, além de agregar novos servidores, principalmente militares da área da saúde, na Casa Militar do Governo.

Se aprovado o Projeto de Lei, a ação "política" do governador João Azevêdo, para beneficiar apenas militares alinhados como o seu projeto político, deve onerar ainda mais a folha de pagamento do estado.

O Portal Além do Fato tentou contato com a assessoria de imprensa do governador, mas não obteve resposta até o momento desta reportagem.