Governador da Paraíba volta a responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo avanço das facções criminosas e aumento da criminalidade no estado

Em uma entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (18), o governador da Paraíba, João Azevêdo, fez declarações contundentes sobre o avanço das facções criminosas no estado e atribuiu parte da responsabilidade pelo aumento da criminalidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Azevêdo não poupou críticas à política armamentista implementada no governo anterior, destacando-a como um dos principais fatores para o atual cenário de insegurança.

O governador lamentou a maneira irresponsável com que a liberação de armas foi conduzida nos últimos anos, ressaltando casos em que indivíduos associados a clubes de tiro puderam adquirir um número exorbitante de armamentos. "Infelizmente, passamos por quatro anos em que a liberação das armas foi feita de forma totalmente irresponsável, permitindo que pessoas que se diziam sócias de um clube de tiro pudessem comprar mais de 600 armas", afirmou Azevêdo.

Essa postura, segundo o governador, resultou em abusos por parte de diversas pessoas e contribuiu para o fortalecimento das facções criminosas, intensificando a violência e a insegurança em todo o estado. Azevêdo aproveitou a oportunidade para rebater críticas de alguns deputados sobre a gestão da segurança pública na Paraíba, destacando a necessidade de enfrentar o problema de forma ampla e integrada.

Além disso, o governador reiterou sua posição contrária à política armamentista, salientando que medidas mais rigorosas são essenciais para conter o avanço do crime organizado e proteger a população paraibana. Azevêdo concluiu a entrevista reiterando seu compromisso em adotar estratégias eficazes para combater a criminalidade e garantir a segurança de todos os cidadãos do estado.