Ex-assessora confirma à PF que recebeu ordem do deputado Wilson Santiago para pegar propina com empresário responsável pelo projeto da Adutora de Capivara no sertão da Paraíba

Por Redação - Além do Fato em 12/07/2023 às 03:39:27

Em depoimento, uma ex-assessora parlamentar identificada como Rosalina confirmou à Polícia Federal que recebeu ordem do deputado federal Wilson Santiago, do partido Republicanos, que representa o estado da Paraíba, para pegar R$ 30 mil de propina, com um empresário responsável pelo projeto Adutora da Capivara em Uiraúna, no sertão da Paraíba. A informação foi captada em um vídeo gravado pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Pés de Barro.

Nas imagens, Rosalina é vista entrando em um quarto de hotel em Brasília, DF, com a missão de reaver dinheiro, supostamente para entregá-lo ao deputado federal Wilson Santiago. O vídeo mostra Rosalina recebendo a quantia de R$ 30 mil do empresário. Ela então coloca o dinheiro em uma pasta azul e sai do hotel. Veículos não identificados a seguem e ela também é registrada por um drone. Às 19h51, um carro chega à residência de Wilson Santiago. Minutos depois, Rosalina entra na propriedade. Toda a operação está sob o controle da Polícia Federal, que afirma ter encontrado a caixa azul usada para transportar o dinheiro na casa do deputado.

Em depoimento à Polícia Federal, Rosalina confirma que, de fato, esteve no hotel a pedido de Wilson Santiago.

"Fui lá receber uma quantia em dinheiro. Foi solicitado pelo escritório. Foi o diretor da empresa que me pediu. Os sócios da empresa deram as instruções. Foi o próprio José Wilson Santiago. Sim, ele pediu", afirma a mulher ao ser questionada pela polícia sobre sua intenção no hotel onde estava localizado o denunciante do esquema de corrupção.

A defesa de Wilson

Em depoimento prestado à Justiça Federal no dia último dia 16 de junho, Wilson Santiago se defendeu sobre a acusação relacionada aos R$ 30 mil encontrados em uma caixa azul, levada a sua casa pela ex-assessora Rosalina.

O deputado afirmou que sacou o dinheiro de uma conta pessoal. Wilson explicou à juíza que as cédulas sacadas pelo seu funcionário eram de R$ 100 e não de R$ 50, como aparece nas imagens gravadas pela Polícia Federal.


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