Prefeitura de Monteiro proíbe população de alimentar animais de rua

Por Redação - Além do Fato em 24/02/2024 às 21:48:06

A Prefeitura de Monteiro está sob intensa controvérsia após a denúncia feita pela advogada Thaísa Lima, presidente da Comissão de Direito Animal da OAB-PB, juntamente com o vice-presidente Francisco José Garcia de Figueiredo. A acusação é direta: a gestão da prefeita Anna Lorena proibiu a população de fornecer alimentação aos animais em situação de rua na cidade.

Segundo os ativistas, a proibição foi comunicada por meio de um documento assinado pela secretária de Saúde de Monteiro. Essa medida, de acordo com eles, agrava a condição já precária dos animais abandonados, que sofrem com a falta de comida e abrigo. Francisco Garcia lamentou a situação, afirmando que tal restrição não apenas cumpre o bem-estar dos animais, mas também desconsidera a compaixão daqueles que tentam ajudá-los.

"Aqueles que se compadecem e querem ajudar são simplesmente proibidos, sem oferecer nenhuma alternativa, nem para os animais, nem para as próprias pessoas que os alimentam", declarou Garcia.

A Prefeitura de Monteiro, em resposta às denúncias, enviou uma nota oficial na qual o Departamento de Vigilância em Saúde justificou a medida. Segundo o comunicado, em uma residência do bairro Alto da Serra, um casal alimentava vários cães em sua calçada, o que resultou no aumento do número de animais na região. Além disso, a presença de animais afetados por transtornos aos vizinhos, como mau cheiro e infestações de pulgas e carrapatos.

A decisão de alimentar animais de rua levanta questões éticas e humanitárias, além de suscitar debates sobre políticas públicas externas para o bem-estar animal. Enquanto alguns defendem uma medida de controle de possíveis problemas de saúde pública, outros criticam a falta de soluções para lidar com a situação dos animais abandonados.

Diante desse impasse, é necessário um diálogo construtivo entre a Prefeitura, ativistas e a comunidade local para encontrar soluções que protejam tanto os animais quanto o bem-estar da população.





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