No ano de 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores (PT), incluindo dois ministros do governo Lula - Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais - assinaram um manifesto de repúdio à decisão do Reino Unido de classificar o Hamas como uma "organização terrorista." A informação foi revelada em meio a ataques virtuais contra a jornalista Mônica Waldvogel, que afirmou que parte do PT via o Hamas como uma forma de resistência. O manifesto, que foi divulgado por blogs de esquerda em 2021, expressava apoio à luta do povo palestino por seus legítimos direitos.
A declaração da jornalista desencadeou reações e debates nos bastidores da política, inclusive com deputados do PT que também manifestaram sua insatisfação com a cobertura da TV Globo em Brasília. No entanto, posteriormente, a Folha de S. Paulo passou a considerar o Hamas como uma organização terrorista.
O manifesto, assinado pelos deputados do PT em 2021, reforça a ideia de que a resistência palestina não deve ser considerada terrorismo, mas sim um direito legítimo. O documento critica a designação britânica do Hamas como organização terrorista, alegando que essa classificação representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a opinião da maioria do povo inglês, que se opõe à ocupação israelense e seus crimes.
O manifesto também invoca o direito à resistência, assegurado pelo Direito Internacional e Humanitário, pelas Resoluções da ONU e pela Carta das Nações Unidas, enfatizando o apoio e solidariedade à causa de libertação palestina e ao estabelecimento de um Estado palestino independente.
Assinado em 23 de novembro de 2021, o manifesto destaca a importância de apoiar os palestinos em sua luta contra a ocupação e as violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Os deputados do PT que assinaram o manifesto são Zeca Dirceu, Paulo Pimenta, Alexandre Padilha, Érika Kokay, Professora Rosa Neide, Enio Verri, Helder Salomão, Nilto Tatto, Padre João e Paulão.