Ex-diretor-geral da PRF apresenta dados e denuncia que prefeito de Cuité 'mentiu descaradamente' sobre realização de blitz da PRF para intimidar eleitores de Lula

Em depoimento prestado hoje perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as invasões ocorridas às sedes dos três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, fez sérias acusações contra o prefeito de Cuité, município localizado na Paraíba, Charles Camaraense. Vasques afirmou que o prefeito "mentiu descaradamente" sobre uma suposta blitz da PRF, alegando que a ação tinha como objetivo intimidar eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o seu depoimento, Silvinei Vasques apresentou provas e sustentou que Charles Camaraense utilizou o vídeo da suposta blitz para fazer campanha política próximo ao ponto de fiscalização da PRF, o que configura crime eleitoral.

Segundo o ex-diretor-geral da PRF, o prefeito de Cuité distorceu a realidade dos fatos para fins políticos, prejudicando a imagem da instituição e difundindo informações falsas.

A suposta blitz mencionada pelo prefeito de Cuité ocorreu no dia da eleição. De acordo com Silvinei Vasques, e a blitz foi realizada dentro dos parâmetros legais e com o intuito de garantir a segurança viária e coibir possíveis infrações.

Vasques apresentou dados dos relatórios operacionais, que comprovam a atuação regular da PRF na mencionada blitz. O ex-diretor-geral ainda acrescentou que não houve qualquer abordagem seletiva ou discriminação política durante a ação policial.