Haddad confirma que o presidente Lula pretende retomar a cobrança do imposto federal sobre gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha já a partir de 1º de janeiro de 2023

Por Redação - Além do Fato em 30/12/2022 às 01:35:15

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta 3ª feira (27.dez.2022) que não deseja que governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) prorrogue a isenção da cobrança do PIS/Cofins sobre os combustíveis.

Os impostos estão suspensos só até 31 de dezembro de 2022. Haddad disse isso por telefone ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A decisão de Haddad atende a um pedido do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Levei à consideração do presidente um pedido do governo eleito para que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha a impactar o futuro governo, sobretudo em temas que podem ser decididos em 10 dias, 15 dias, 1 mês, sem atropelo. Para que a gente tenha a sobriedade de fazer cálculo de impacto, verificar trajetória do que a gente espera das contas públicas ao longo dos próximos anos", disse Haddad.

Há cerca de 15 dias, Guedes havia dito a Haddad que o governo atual poderia baixar uma medida provisória mantendo a isenção de impostos federais sobre combustíveis, caso fosse de interesse da futura equipe econômica.

Como o governo Lula já vai começar o ano com um deficit de R$ 231,5 bilhões, Lula foi aconselhado a aumentar da forma que fosse possível a arrecadação de impostos. A volta da cobrança das taxas federais sobre combustíveis é uma medida que vai nessa direção.

Com a retomada da cobrança desses impostos federais, os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha podem voltar a subir a partir da posse de Lula, em 1º de janeiro. Na prática, o petista sobe a rampa do Planalto já cobrando mais impostos do que seu antecessor.


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