Não é atribuição da PolĂcia Militar fiscalizar propaganda eleitoral. A não ser quando acontece algo que coloque em risco a ordem pĂșblica, a polĂcia não deve intervir em manifestação devidamente autorizada pela justiça eleitoral, que tem seus canais próprios para recebimento de denĂșncias e fiscais próprios. Não é o caso das manifestações promovidas pela coligação MDB-PT que apoia a candidatura de Veneziano Vital ao governo.
Na manhã de hoje, em Tavares, a PolĂcia Militar resolveu assumir por conta própria a fiscalização dos veĂculos de som que acompanhavam a manifestação em apoio às candidaturas de Veneziano Vital e Ricardo Coutinho. Os participantes tiveram que interromper o ato por exigĂȘncia do comandante da operação. Como os policiais cumprem ordens é legĂtimo supor, como fez Veneziano, que essa atitude da PM siga orientações provenientes do governador candidato à reeleição.
"VocĂȘs fazem isso para servir à candidatura do governo. Só fazem isso conosco. VocĂȘs foram lĂĄ para Água Branca para ter contato com o comando do seu governador, que persegue vocĂȘs, para fazerem isso comigo. Faça com relação a eles?" protestou Veneziano, enquanto o comandante da operação, em pessoa, analisava detalhadamente os documentos do carro-de-som, sem encontar qualquer irregularidade.
Eis mais um retrocesso a que a ParaĂba assiste, entristecida. A PM sendo usada para criar embaraços a candidato da oposição.
Veja o vĂdeo da abordagem policial e o protesto de Veneziano e do seu advogado:
Fonte: Leia LĂșcio FlĂĄvio