Ex-secretária de administração do Governo da Paraíba reafirma que deputados recebiam 'mesada' de até R$ 50 mil para aprovar matérias do governo na ALPB

Por Redação - Além do Fato em 01/01/0000 às 00:05:01

A ex-secretária de administração da Paraíba Livânia Farias, investigada na Operação Calvário, contou, em delação premiada, que nove deputados estaduais receberam dinheiro, mensalmente, entre os anos de 2013 e 2014, para aprovar matérias do governo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). OS montantes variavam entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.

A operação investiga uma organização criminosa suspeita de desviar R$ 134,2 milhões de recursos que seriam utilizados na saúde e educação. A Calvário identificou fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, além de corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos e superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos. Do valor total desviado, mais de R$ 120 milhões foram destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2012, 2014 e 2018.

A lista dos deputados contemplados, segundo Livânia, incluiria:

  • Adriano Galdino (PSB),
  • Branco Mendes (Podemos),
  • Tião Gomes (Avante),
  • João Gonçalves (Podemos),
  • Márcio Roberto (MDB),
  • Antônio Mineral (PSB),
  • Doda de Tião (PTB),
  • Eva Gouveia (PSD),
  • Lindolfo Pires (Podemos).

Segundo a delatora, Márcio Roberto, por ser da oposição, seria o deputado mais beneficiado, e quando os pagamentos atrasavam, os parlamentares cobravam à ex-secretária.

O mensalão teria sido pago durante os anos de 2013 e 2014 e parou antes de 2015, após o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) ser reeleito. O dinheiro pago aos deputados teria como origem os repasses feitos pela Cruz Vermelha, Organização Social que administrava o Hospital de Trauma de João Pessoa.

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