Lula exalta união das centrais sindicais: "O Brasil precisa de uma classe trabalhadora engajada no projeto de reconstrução do país"

Por Redação - Além do Fato em 14/12/2021 às 02:37:33

No Congresso que elegeu Miguel Torres novo presidente da Força Sindical e consolidou a união das centrais sindicais pelo fim do governo de Jair Bolsonaro e a favor de sua candidatura em 2022, Lula convocou a classe trabalhadora para lutar por seus direitos e criar, junta, um projeto de reconstrução do país. "Este país precisa de novo da classe trabalhadora", afirmou, ao encerrar o evento, realizado em São Paulo nesta quarta-feira (8).

"Nós estamos numa encalacrada e somos nós que vamos ter de resolver. Vai depender de nós. Não pensem que esse Paulo Guedes tem preocupação com vocês, não se iludam. O problema dele é atender o sistema financeiro, é dar mais facilidade para os banqueiros ganharem mais dinheiro", disse Lula (assista abaixo).

Segundo o ex-presidente, só com a união e a luta dos trabalhadores o Brasil voltará a crescer com justiça e soberania. E a tarefa não será fácil, uma vez que Bolsonaro e seu ministro da Economia acabaram com os empregos, a massa salarial, as empresas e a indústria do país, que já representou 30% do PIB nacional e hoje só representa 11%.

"Vamos ter de fazer mais do que fizemos. Vamos ter de enfrentar nossos adversários com muito mais força. A gente precisa lutar, resistir. A palavra resistir não pode sair da nossa boca, porque não podemos desistir. Será muito triste, daqui a dez anos, se, conversando com nossos filhos e netos, admitirmos que não resistimos quando podíamos", conclamou.

Lula alertou, ainda, que a luta é incessante e urgente. Não se trata apenas da eleição de 2022, pois os ataques continuam. O ex-presidente lembrou que o governo quer inserir na legislação trabalhista o direito ao descanso no domingo apenas a cada dois meses e a proibição de que os trabalhadores por aplicativo sejam formalizados. "Eu não acreditei quando ouvi que isso está no projeto trabalhista que eles querem aprovar. Se a gente não levantar a cabeça e brigar agora, o Congresso vai aprovar isso", alertou.

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