O Congresso Nacional aumentou em 30% o número de cadeiras para integrantes provenientes das forças de segurança pública. A Bancada da Bala, como é conhecida a frente de parlamentares dessa categoria, foi de 25, em 2018, para 37 nas eleições de 2022, conforme dados levantados pela Ponte no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não foram considerados membros das Forças Armadas.
A concentração desses candidatos está em partidos de direita. Só no PL, partido do presidente Jair Bolsonaro e maior bancada da Câmara dos Deputados, são 17 policiais. Na sequência está o União Brasil (6), PP (4), Avante (2), MDB (2), PSD (2), Republicanos (1), Podemos (1) e Patriota (1). No espectro da esquerda, apenas uma policial foi eleita: Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), que era deputada estadual em Goiás.
Além disso, dos 23 postulantes eleitos na Câmara Federal apoiados pelo movimento Pró-Armas, maior grupo armamentista do país, sete são policiais: Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Capitão Alden (PL-BA), Delegado André David (Republicanos-SE), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Sargento Gonçalves (PL-RN), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Coronel Ulysses (União-AC).