O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu ação da Justiça Federal sobre suposto esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Na quinta-feira (17), conforme noticiou e antecipou o Conexão PolĂtica, a PolĂcia Federal fez operação na instituição de ensino e pesquisa privada. A sede fica situada no Rio de Janeiro.
Fontes da PF dizem que trĂȘs integrantes da famĂlia Simonsen estão entre os alvos: Ricardo Simonsen, que ocupa cargo de diretor na FGV, Maria InĂȘs Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen.
No entanto, de acordo com Gilmar, a ação não é de competĂȘncia da Justiça Federal. "Basta um breve lançar de olhos sobre as decisões proferidas pelo JuĂzo de origem para concluir que, assim como ocorreu em outros casos da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro, promoveu-se uma tentativa de expandir a jurisdição da Justiça Federal para fatos que, a rigor, não atraem a competĂȘncia especializada aludida no art. 109 da Constituição Federal", escreveu o magistrado.
O magistrado mandou o caso para a justiça estadual. O ministro também determinou que as medidas cautelares contra os investigados sejam suspensas e mandou notificar as corregedorias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério PĂșblico (CNMP).
Em nota, a FGV afirma ser "vĂtima de perseguição" e diz que tomarĂĄ todas as medidas cabĂveis.