Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o benefício extra de R$ 150 por criança de até seis anos do Bolsa Família pode demorar até 90 dias para começar a ser pago. De acordo com o governo, primeiro será necessário reavaliar a situação das pessoas cadastradas no programa para só então liberar os recursos.
O benefício extra foi inserido após as eleições nas discussões da emenda constitucional que ampliou o teto de gastos e liberou recursos fora do limite constitucional para atender a demandas sociais e outras necessidades observadas pelo novo governo.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), afirmou que a revisão do Cadastro Único, a base de dados sobre beneficiários do Auxílio Brasil, que o governo já chama de Bolsa Família, deve ser concluída em até três meses.
A atualização do cadastro, destacou, é essencial para liberação do benefício adicional de R$ 150. "É preciso ter um sinal técnico para termos segurança [para esse pagamento]", disse Dias nesta quinta-feira (5), durante a posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
"O coração do governo é cuidar dos mais pobres, cuidar das necessidades nas mais diversas áreas. Da fome, num primeiro momento, mas também das outras necessidades", disse o ministro em conversa com jornalistas.
"E o cérebro para orientar não só o Ministério do Desenvolvimento Social, mas todas as áreas, é o cadastro único.
O ministro já anunciou que a pasta fará uma reformulação do programa assistencial, e que a atualização do cadastro é uma prioridade para assegurar que o benefício seja mantido par aqueles que de fato se enquadram nos critérios. Segundo Dias, algumas pessoas recebem o benefício indevidamente.