Vereador Bruno Fárias defende o aumento na tarifa de ônibus autorizado pela gestão Cícero Lucena

Por Redação - Além do Fato em 03/03/2022 às 18:35:43

"Ninguém celebra aumento de tarifa de ônibus, não é desejo do Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (CMMU) aprovar aumento de tarifa. Mas, a gente não pode ir contra a realidade. Ser contra só por ser contra não é um posicionamento sensato", afirmou o vereador líder da bancada de situação na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Bruno Farias (Cidadania), na sessão desta quinta-feira (3), sobre o reajuste de R$ 0,25 implementado nas passagens de transporte público urbano da Capital, neste último sábado (26). O valor foi de R$ 4,15 para R$ 4,40 a partir do último dia 26.

Para o parlamentar, não é possível relevar acontecimentos que contribuíram para o aumento das tarifas das passagens de ônibus. "Como não enxergar um aumento de 48% do litro do óleo diesel, insumo mais importante da atividade de transporte público? Como não enxergar que essas empresas passaram 116 dias paradas sem a possibilidade de exercerem suas atividades? As portas foram fechadas pelo que corresponde a um terço do ano", elencou Bruno Farias, enfatizando o aumento de R$ 1,25 no preço do óleo diesel no período.

O vereador lembrou que empresas de transporte coletivo, em um passado não distante, foram à falência e que a situação não pode se repetir, "sob pena de sermos cúmplices de fechamento de empresas e demissão de funcionários", afirmou. Para ele, o aumento da tarifa "fere e maltrata, mas virar as costas para o que está acontecendo não é uma atitude razoável", defendeu.

Segundo Bruno Farias, a legislação brasileira protege os contratos administrativos e prevê um equilíbrio econômico e financeiro desses contratos, portanto o reajuste é necessário para que "não haja descompasso no serviço e para que a atividade não seja prestada de maneira ineficiente", afirmou destacando que não é isso que a sociedade quer na concessão desse importante serviço público.

O parlamentar ainda citou acordo coletivo das empresas que aumentou em 6% os gastos com a folha salarial; e a "uberização" dos serviços de transporte coletivo. "Houve uma queda de 40% no número de passageiros. As pessoas estão preferindo pegar transportes por aplicativos. Essa é uma realidade que deve ser posta e a gente não pode esconder", declarou, salientando que a proposta para reajuste da tarifa para R$ 4,50 não foi aceita pelo conselho, que apresentou uma contraproposta de R$ 4,40.

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