O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do mandato da prefeita de Bayeux, Luciene Gomes, e do vice, Clecitoni Francisco, nesta sexta-feira (31). Os dois são acusados de abuso de poder político e econômico, além de prática de condutas vedadas. Além da cassação, o MPE também prevê a inelegibilidade de Luciene Gomes por oito anos.
Conforme o documento assinado pelo MPE, em 2020, ano eleitoral, houve distribuição de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, o que seria vedado pela lei. Para a procuradora Acássia Suassuna, mesmo com documentos anexado comprovando a distribuição de cestas básicas, não há lei ou programa que institua a prática.
"Embora os recorrentes tenham anexado ao feito cadastros de pessoas que recebiam as cestas básicas (inclusive alegando que as mesmas encontravam-se em situação de vulnerabilidade social) a distribuição indiscriminada de cestas básicas (conforme assumido pelos recorrentes) baseado em uma Lei que não instituiu qualquer programa específico e diante da inexistência de Decreto Regulamentador, não pode ser considerada lícita", afirma a procuradora.
O documento também reitera que não foi demonstrada lei específica de um programa social de distribuição de benefícios. Além disso, não haveria justificativa sustentada por decretos para tal distribuição.
Nota do advogado Luciene Gomes