Lula critica controle fiscal e defende ampliação de gastos do Governo Federal

'Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal do país', questionou o presidente eleito.

Por Redação - Além do Fato em 11/11/2022 às 02:23:06

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira (10) um discurso com críticas à "estabilidade fiscal", ao defender que é preciso colocar a questão social na frente de temas que interessam, segundo ele, apenas ao mercado financeiro.Ele também questionou por que ter meta de inflação e não ter meta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse País? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste País?", questionou o petista, em discurso no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), espaço onde trabalha a equipe de transição.

A equipe de transição estuda retirar as despesas do Auxílio Brasil do teto de forma permanente, o que desagradou o mercado financeiro. Os investidores reagiram automaticamente ao discurso desta quinta. Às 11h55, durante a fala de Lula, o Ibovespa, principal índice da B3, caía 2,63%, aos 110.596,89 pontos, após ceder 3,42%, na mínima aos 109.696,71 pontos. O dólar subiu 3% e passou a ser cotado a R$ 5,33 no mercado à vista.

Segundo o petista, é preciso mudar a forma de encarar determinados gastos que são feitos pelo poder público. "É preciso mudar alguns conceitos. Muitas coisas que são consideradas como gastos neste País, precisam passar a ser encaradas como investimento. Não é possível que se tenha cortado dinheiro da farmácia popular em nome de que é preciso cumprir a meta fiscal, cumprir a regra de ouro", disse Lula.

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