Operação Calvário: Delatora revela pagamento de propina a familiares do governador João Azevêdo

Por Redação - Além do Fato em 28/01/2022 às 15:35:32


O governador João Azevêdo (sem partido) foi citado por Livânia Farias, investigada na Operação Calvário, em acordo de delação premiada.

Segundo Livânia, o governador João Azevêdo pediu, em reunião no Canal 40, que uma nora e uma cunhada fossem exoneradas dos cargos que ocupavam, respectivamente, na Agevisa e Sudema. Conforme Livânia, o atual governador temia insinuações de nepotismo durante sua campanha.

"Ele disse que elas precisavam ser exoneradas, mas que elas duas não podiam ficar sem salários. E ficou acordado entre eu e ele de que o que elas recebiam, o valor bruto, seria repassado para ele", disse Livânia.

Segundo a ex-secretária, o salário da nora de João era R$ 6.000 e o da cunhada era de R$ 3.800. "Eu separava esse dinheiro esse dinheiro, colocava num envelope e entregava a ele. Eu, pessoalmente, entreguei a ele uma vez. Nas outras vezes, quem entregava era Laura [ex-assessora de Livânia Farias]", detalhou. De acordo com Livânia, os valores foram pagos de agosto até novembro de 2018.

A delação de Livânia é uma das peças-chave da Operação Calvário. Seus relatos embasaram a ação que mirou o atual governador e seu antecessor, e também abrem frentes de investigação contra deputados estaduais, federais e conselheiros do Tribunal de Contas. Além de ter sido secretária de Administração de Azevedo, Livânia foi procuradora-geral do Estado na gestão Coutinho.

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Fonte: R7

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