O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não poupou esforços para eleger Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado. Para isso acontecer, o seu governo abriu os cofres às vésperas da disputa.
De acordo com informações, existe uma lista informal de gastos da Secretaria de Governo com emendas "extras" para parlamentares, incluindo paraibanos.
Somente com congressistas da Paraíba, o governo federal autorizou a liberação de quase R$ 150 milhões. O principal beneficiado foi o deputado federal Wellington Roberto, nome forte do Centrão e líder do PL na Câmara.
Roberto, que é braço direito de Arthur Lira na disputa, foi contemplado com R$ 81.539.272,00. Aliada do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que apoia Rodrigo Pacheco, a senadora Daniella Ribeiro (PP) aparece na lista com R$ 21.850.000,00.
Nela também estão: Hugo Motta (Republicanos) com R$ 13.285.440,61 e Edna Henrique (PSDB) com R$ 3.880.000,00.
A planilha também consta nomes de deputados que, a princípio, não declararam seus votos, a exemplo de Wilson Santiago (PTB) com R$ 1 milhão, e Ruy Carneiro (PSDB) com R$ 1,6 milhão. Líder do DEM Efraim Filho aparece com R$ 25 milhões de emendas liberadas.
Costumeiramente, as verbas federais liberadas para parlamentares são usadas em redutos eleitorais, o que inegavelmente os fortalecem para a eleição seguinte.