O governador da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho (PSB) tem enfrentado críticas após anunciar a criação de duas novas secretarias estaduais, a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior e a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade. De acordo com especialistas e opositores, a medida pode servir como um "cabide de empregos" para acomodar aliados políticos em cargos públicos.
A criação das secretarias exigirá a alteração da Lei nº 8.186, de 16 de março de 200, que estabelece a Estrutura Organizacional da Administração Direta do Poder Executivo Estadual. A medida também deve gerar aumento na folha de pagamento do Estado.
Segundo críticos, a criação das secretarias tem motivação política e pode ser uma tentativa do governador de acomodar aliados ou partidos em troca de apoio. Especialistas apontam que o momento é inoportuno para aumento de gastos públicos, especialmente considerando a crise econômica e os desafios na gestão da pandemia.
Além disso, há preocupações com a efetividade das novas secretarias e se a sua criação é realmente necessária. Ainda não foram apresentados detalhes sobre a estrutura e os objetivos das novas secretarias, o que também tem gerado questionamentos sobre a transparência do processo.
A oposição tem criticado a medida e prometeu analisar com cuidado a proposta quando ela for enviada para votação na Assembleia Legislativa. A expectativa é que a criação das secretarias seja amplamente debatida na sociedade e no Congresso estadual nas próximas semanas.