Com objetivo de melhor diagnóstico das malformações fetais e de alterações patológicas em gestantes, o Governo Federal entrou um novo aparelho de ultrassonografia 3D/4D, que foi instalado no Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba, vinculado à Rede Ebserh (HULW-UFPB/Ebserh). Com a aquisição, o HULW passa a ser o único hospital da rede pública de saúde de João Pessoa a ofertar esse tipo de exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O aparelho, colocado em operação na última semana, está instalado no Serviço de Pré-natal de Alto Risco, localizado no ambulatório. Outro equipamento de ultrassonografia 4D, instalado na Unidade de Diagnóstico por Imagem (UDI), também vai atender demanda interna e externa. Estão sendo investidos mais de R$ 400 mil na instalação das duas máquinas, que vão beneficiar não apenas gestantes acompanhadas no hospital-escola e mulheres internadas que necessitem de avaliação na área de ginecologia e obstetrícia, mas também pacientes internados nas clínicas do HULW e acompanhados no Ambulatório.
De acordo com a chefe da Unidade de Saúde da Mulher, Renata Gadelha, o novo aparelho oferece melhor processamento das imagens intrauterinas, permitindo melhor qualidade na assistência a esse público. "A ultrassonografia 4D revela detalhes importantes sobre a anatomia fetal. Facilita a identificação de algumas doenças na gestação como malformações na coluna, face, cérebro e outros órgãos do feto", frisou.
Os exames têm imagens em alta definição, muito próximas da realidade, permitindo ao médico identificar com maior precisão malformações fetais e algumas patologias ginecológicas. "Com o diagnóstico mais preciso e detalhado, consegue-se planejar melhor a estratégia terapêutica, intervir precocemente e evitar intervenções desnecessárias", destacou a médica ultrassonografista Thaís Castro.
"O novo aparelho de ultrassonografia, além de apresentar o software mais moderno que os aparelhos atuais, o que se traduz em qualidade de imagem, traz também o modo 3D/4D. No modo 3D as imagens são analisadas em três dimensões (imagem, som e profundidade), mas são imagens estáticas. O modo 4D acrescenta uma dimensão ao modo 3D, o movimento, permitindo observarmos em tempo real, como vídeo. Esse modo ficou famoso entre as pacientes grávidas porque ele permite ver melhor o rostinho do bebê", explica Thaís.