Em uma reviravolta surpreendente, o professor Felipe Matheus renunciou à presidência do Partido Liberal Jovem (PL Jovem) de João Pessoa, em virtude de sua insatisfação com as frequentes interferências da executiva estadual nos rumos da legenda na capital paraibana. A decisão do ex-presidente do PL Jovem, indicado por Bruno Roberto, filho do deputado federal Wellington Roberto e presidente estadual do partido, representa um desdobramento significativo no cenário político local.
Felipe Matheus, que desempenhava um papel estratégico na condução do PL Jovem, era uma peça-chave na estrutura partidária, especialmente por sua ligação com a família Roberto. A renúncia do professor levanta questionamentos sobre a unidade interna do partido e a gestão da executiva estadual, que agora se vê diante de um episódio de dissidência.
Nos bastidores, informações obtidas pelo "Além do Fato" através de integrantes recentemente filiados ao PL Jovem sugerem que Felipe Matheus teria expressado sua insatisfação diante das constantes interferências da diretoria estadual na condução do partido em João Pessoa. Essa ingerência teria impactado diretamente nas decisões e estratégias locais, desagradando não apenas ao ex-presidente, mas também a outros membros do PL Jovem.
A indicação de Felipe Matheus para a presidência do PL Jovem estava alinhada com a estratégia política da família Roberto, que tem em Wellington Roberto um dos principais fiadores da candidatura de Marcelo Queiroga a prefeito de João Pessoa. A renúncia de Matheus, portanto, pode gerar repercussões imprevistas nos planos políticos do grupo.
Após a notícia da renúncia se espalhar e gerar repercussão negativa, o ex-presidente do PL Jovem de João Pessoa recorreu às redes sociais para esclarecer sua decisão. Em uma publicação, ele afirmou que deixou a presidência da legenda visando preservar a linha editorial da Gazeta Paraíba, veículo no qual divulga online temas relacionados ao catolicismo tradicional.
A saída de Felipe Matheus do comando do PL Jovem adiciona um elemento de imprevisibilidade ao panorama político da capital paraibana, deixando em aberto questionamentos sobre os desdobramentos futuros no partido e nas relações políticas entre a executiva estadual e as lideranças locais.