A Operação Carro-Pipa, responsável por garantir o abastecimento de água a cerca de 70 municípios da Paraíba, foi suspensa temporariamente, afetando diretamente a vida de aproximadamente 275 mil pessoas que dependem desse serviço emergencial para garantir o acesso à água potável. A suspensão, comunicada pelo Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército, foi informada aos coordenadores da Defesa Civil do estado e entra em vigor a partir da próxima segunda-feira, 25 de novembro.
A medida ocorre em razão da falta de descentralização de recursos financeiros por parte do Governo Federal, o que impossibilitou a continuidade da operação. A decisão gerou preocupação entre as autoridades estaduais e municipais, pois muitas das comunidades atendidas pelos carros-pipa não possuem outras fontes de abastecimento, tornando a interrupção do serviço uma grave crise para a população local.
George Coelho, presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), destacou que a suspensão afeta diretamente cerca de 275 mil paraibanos, principalmente aqueles em áreas rurais e em regiões onde os recursos hídricos são escassos. "Sem os carros-pipa, muitas dessas comunidades ficarão sem água para consumo, o que representa um grande risco à saúde pública e à qualidade de vida dessas pessoas", afirmou Coelho.
A Operação Carro-Pipa tem sido uma solução emergencial para regiões do estado que enfrentam a escassez de água, especialmente durante períodos de seca. No entanto, a suspensão temporária do serviço coloca em risco a segurança hídrica de milhares de paraibanos, que agora se veem sem alternativas imediatas para suprir essa necessidade básica.
As prefeituras estão buscando alternativas para mitigar os impactos da suspensão, mas o futuro próximo se apresenta incerto, principalmente para as famílias que dependem exclusivamente dessa operação para garantir o abastecimento de água. A situação exige uma resposta urgente do Governo Federal, para que os recursos necessários sejam repassados e a operação possa ser restabelecida o mais rápido possível, evitando assim uma crise humanitária.
Enquanto isso, a população afetada teme as consequências da falta de água, com o risco de aumento de doenças e outros problemas de saúde decorrentes da escassez hídrica. A suspensão da operação, portanto, não é apenas uma questão logística, mas também de saúde pública e dignidade para os cidadãos paraibanos.