Os candidatos da oposição à prefeitura de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), Ruy Carneiro (Podemos) e Marcelo Queiroga (PL), reagiram à terceira fase da Operação Território Livre, que culminou na prisão da primeira-dama Lauremília Lucena, esposa do prefeito Cícero Lucena (PP).
A operação, que investiga um esquema de corrupção envolvendo desvios de recursos públicos e tráfico de influência na gestão municipal, atingiu em cheio a alta cúpula da prefeitura, com Lauremília sendo um dos principais alvos. A primeira-dama, que não ocupa um cargo oficial, é acusada de atuar diretamente nas contratações e gratificações dentro da administração municipal.
Reações dos candidatos
Marcelo Queiroga, candidato do Partido Liberal, utilizou suas redes sociais para compartilhar uma matéria sobre a prisão de Lauremília, acompanhada da mensagem bíblica: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:32), sugerindo que a investigação revela verdades que precisarão ser enfrentadas pela atual gestão.
Ruy Carneiro (Podemos), por sua vez, fez críticas mais diretas à primeira-dama, afirmando que ela seria responsável por uma espécie de "gestão paralela" na prefeitura, indicando contratações e gratificações sem ocupar qualquer cargo oficial. Em suas redes sociais, Carneiro ressaltou que essa prática de influência não formal compromete a transparência e a legalidade da administração pública.
Luciano Cartaxo, candidato do Partido dos Trabalhadores e ex-prefeito de João Pessoa, também se manifestou, destacando que a situação reforça suas críticas à atual gestão. "A atual administração envergonha a população de João Pessoa. Não é de hoje que apontamos a influência de grupos criminosos nas eleições da cidade, com o uso de violência para manipular as comunidades," afirmou Cartaxo. Para ele, as denúncias reforçam a necessidade de uma mudança no comando da prefeitura.
Contexto da Operação
A Operação Território Livre, em sua terceira fase, busca desmantelar um esquema de corrupção que teria desviado milhões dos cofres públicos e influenciado diretamente nas decisões estratégicas da prefeitura. Lauremília Lucena está sendo investigada por supostamente atuar nos bastidores da gestão, influenciando contratações de servidores e a distribuição de gratificações, mesmo sem ter uma função formal.
Com o avanço das investigações, os desdobramentos da operação devem intensificar o debate eleitoral na capital paraibana, com a oposição utilizando o caso como base para questionar a integridade da atual administração e reforçar suas propostas de renovação política.