Polícia Federal prende vereadora do partido do governador João Azevêdo dois dias após gestor afirmar que aliciamento de eleitores seria "Uma falácia"

Por Redação - Além do Fato em 19/09/2024 às 09:57:23

João Pessoa - Dois dias após o governador da Paraíba, João Azevêdo, afirmar que as denúncias de aliciamento de eleitores por organizações criminosas nas eleições municipais eram "uma falácia", a Polícia Federal deflagrou a 2ª fase da Operação Território Livre. Na manhã desta quinta-feira (19), um dos principais alvos da operação foi a vereadora Raíssa Lacerda, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), mesma legenda do governador.

A prisão da vereadora ocorre em meio às investigações sobre crimes eleitorais, com foco em práticas de aliciamento violento de eleitores, supostamente conduzidas por organizações criminosas. A operação busca desmantelar esses esquemas, que teriam como objetivo influenciar o resultado das eleições na capital paraibana.

A fala do governador João Azevêdo, feita poucos dias antes da ação policial, ganhou destaque após ele minimizar as acusações feitas por alguns candidatos à Prefeitura de João Pessoa, que afirmavam que o crime organizado estava envolvido na manipulação do eleitorado. Na ocasião, o governador descreveu as alegações como uma "falácia", descartando qualquer envolvimento de grupos criminosos no processo eleitoral da cidade.

Com a deflagração da nova fase da Operação Território Livre, a prisão de Raíssa Lacerda, uma figura política de relevância na cidade e filiada ao mesmo partido do governador, aumenta a pressão sobre o governo estadual. A operação levanta questões sobre a gravidade do envolvimento de agentes políticos com práticas criminosas durante o período eleitoral.

Até o momento, o governador João Azevêdo não se pronunciou sobre a prisão da vereadora Raíssa Lacerda. Entretanto, a prisão reforça o cenário de tensão política na capital paraibana, com a expectativa de novos desdobramentos à medida que as investigações da Polícia Federal avancem.

A defesa de Raíssa Lacerda e outros alvos da operação ainda não se manifestaram oficialmente sobre as prisões e acusações.

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