Governo João Azevêdo silencia após Grande João Pessoa registrar nove homicídios em 48 horas

A Grande João Pessoa viveu o fim de semana mais violento de 2024, com nove homicídios registrados entre a noite de sexta-feira (13) e domingo (15). O número alarmante de mortes ocorreu nas cidades de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux, Pitimbu, Alhandra e Cabedelo, aumentando a sensação de insegurança na região metropolitana. Procurado pela reportagem para comentar os crimes, o gabinete do governador João Azevêdo e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Seds) não se manifestaram até o fechamento desta matéria.

Os homicídios registrados chocaram pela brutalidade e pelo número de vítimas em um curto período. Um dos crimes de maior repercussão ocorreu na cidade de Santa Rita, onde Flaviano da Silva Lacerda, proprietário de um açougue, foi assassinado na manhã de sábado (14) dentro de seu estabelecimento. Ele foi alvejado enquanto atendia um cliente, e apesar de ter sido socorrido, não resistiu aos ferimentos.

Ainda em Santa Rita, outros dois homicídios marcaram o fim de semana. Um homem conhecido como "Caçula" foi morto no bairro Alto das Populares, e outro assassinato foi registrado no distrito de Bebelândia, elevando para três o número de vítimas fatais na cidade.

Em João Pessoa, dois homicídios ocorreram: no bairro do Bessa, um homem foi morto a tiros, e o suspeito do crime foi esfaqueado no local. Já no bairro de Mandacaru, Rian Santos da Silva, de apenas 18 anos, foi assassinado com oito tiros após sair de uma festa.

Na cidade litorânea de Pitimbu, Samuel Fernandes da Silva foi morto a tiros durante uma festa na orla. De acordo com as autoridades, o crime teria sido motivado por uma associação da vítima a um ex-membro de uma facção criminosa.

Em Alhandra, Edson Bevenuto da Silva, de 44 anos, foi brutalmente assassinado com mais de 10 tiros enquanto caminhava para casa. A polícia informou que a vítima não possuía antecedentes criminais.

Outro crime que chocou a região ocorreu em Cabedelo, onde Jonatha Marcolino, de 25 anos, foi morto com 19 tiros enquanto trabalhava com um trator na Praia do Jacaré. O jovem foi surpreendido por criminosos e executado no local.

As investigações estão sob responsabilidade das Delegacias de Homicídios das respectivas cidades. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada, e as autoridades não deram detalhes sobre a motivação ou a autoria dos crimes. O silêncio do governo estadual diante da escalada de violência tem gerado críticas da população, que clama por mais segurança e respostas rápidas.