A Segurança Pública da Paraíba enfrenta um novo capítulo de tensão, marcado pelas exonerações de três importantes oficiais da Polícia Militar. O Governador do Estado, João Azevedo, publicou as demissões no Diário Oficial do Estado da Paraíba (DOE-PB), intensificando uma crise interna que se desenrola nos bastidores do governo.
Os oficiais exonerados são todos homens de confiança do Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Sérgio Fonseca, e ocupavam posições estratégicas na estrutura da corporação. Entre eles, estão o Coronel José Rodrigues de Sousa Neto, que atuava como Coordenador Geral do Estado Maior Estratégico (EME); o Tenente-Coronel Adalireno Samaroni Delgado da Costa, até então comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar; e o Tenente-Coronel César de Figueiredo Urach, responsável pelo Batalhão de Polícia Ambiental.
As exonerações, que ocorreram enquanto o Coronel Fonseca estava fora do país, geraram especulações sobre um possível movimento para enfraquecer sua posição de comando. Segundo fontes ouvidas pelo Além do Fato, essas demissões sugerem uma tentativa de minar a autoridade de Sérgio Fonseca, que foi informado da situação apenas ao retornar a João Pessoa.
A tensão entre o Comandante-Geral Sérgio Fonseca e o Secretário de Segurança e Defesa Social, Jean Nunes, não é novidade. A relação conturbada entre os dois já era motivo de preocupação nos corredores do Palácio da Redenção. Com a recente série de exonerações, Jean Nunes parece ter saído vitorioso em uma disputa de poder que envolve o comando operacional da Polícia Militar.
Essas mudanças ocorrem em um momento delicado para a segurança pública no estado, e a movimentação pode ter implicações significativas para a gestão da segurança na Paraíba. Resta saber como o Coronel Fonseca reagirá a essa situação e quais serão os próximos passos do governo de João Azevedo diante dessa crise interna.