Família denuncia negligência: Mais uma criança morre na UPA de Cajazeiras

Este é o segundo caso de óbito infantil registrado na UPA de Cajazeiras em um curto período de cinco dias

Por Redação - Além do Fato em 23/05/2023 às 15:00:59

Mais uma tragédia abalou a cidade de Cajazeiras no último domingo, quando uma criança de apenas 1 ano e 6 meses perdeu a vida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Identificado como Deyvison Kevin Farias Pereira, o bebê residia no Distrito de Boqueirão e faleceu sob circunstâncias que geraram indignação entre os familiares, que acusam uma médica de plantão de negligência no tratamento. Este é o segundo caso de óbito infantil registrado na UPA de Cajazeiras em um curto período de cinco dias, causando preocupação e questionamentos sobre a qualidade do atendimento oferecido na unidade.

Aline Ferreira, tia do pequeno Deyvison, acompanhou de perto o desenrolar dos acontecimentos e relatou ao Portal Diário do Sertão os momentos angustiantes vividos pela família. Segundo Aline, a criança deu entrada na UPA duas vezes durante a madrugada de domingo, apresentando problemas intestinais e convulsões. A suspeita da família era de uma infecção intestinal, mas a primeira responsável pelo caso não teria dado a devida atenção médica, considerando-o menos grave do que realmente era. Aline afirma que outra médica, que assumiu o plantão em seguida, alegou que a causa da morte foi uma infecção intestinal com convulsão febril e parada cardíaca.

Na primeira visita à UPA, a mãe do bebê, mesmo apelando para a gravidade do caso, foi orientada pela médica de plantão a retornar para casa. Poucas horas depois, o estado de saúde de Deyvison se agravou rapidamente, e a família passou à unidade em desespero, uma vez que a criança estava sofrendo convulsões frequentes, apresentava febre alta e estava visivelmente debilitada.

Devido à gravidade do quadro, os familiares se recusaram a aguardar pela ficha de atendimento na segunda passagem pela UPA, entrando diretamente nos responsáveis por uma atenção urgente. Apesar da resistência da médica plantonista, o bebê foi atendido novamente sem precisar passar pelo processo de triagem.

Aline relata que as enfermeiras realizaram procedimentos como administração de oxigênio e medição da saturação do paciente, além da aplicação de medicamentos por injeção, porém, o estado de saúde de Deyvison continuou a se deteriorar.

Segundo a tia da criança, a médica permanecia sentada ao computador, dando ordens à equipe de enfermagem, enquanto os familiares alertavam continuamente sobre a queda rápida da saturação e dos impulsos cardíacos. A plantonista alegou em diversas ocasiões que o aparelho de medição estaria com defeito, ordenando a sua substituição. Entretanto, os resultados mostraram consistentemente uma saturação em torno de 65,7 e pulsos cardíacos por volta de 40, ambos em queda.

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