Mães cajazeirenses protestam contra o governador João Azevêdo após duas crianças morrerem à espera de leito de UTI Pediátrica

Um grupo composto principalmente por mulheres e crianças realizou um protesto na cidade de Cajazeiras, no estado da Paraíba, contra o governo de João Azevêdo. O motivo do protesto foi a morte de duas crianças que aguardavam por leitos de UTI pediátrica na rede estadual de saúde.

Os manifestantes afirmaram que a assistência às crianças com síndromes respiratórias graves e outros problemas de saúde na cidade está sendo precariamente realizada na Unidade de Pronto Atendimento. A situação da rede de saúde pediátrica em Cajazeiras piorou desde que o Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), anteriormente conhecido como Hospital Infantil e referência no pronto atendimento, deixou de ser a primeira opção.

Uma das mães presentes no protesto destacou a gravidade da situação, afirmando que a pediatria se tornou um "artigo de luxo" na cidade, onde apenas as mães com condições financeiras podem pagar por atendimento particular.

Os poucos leitos de UTI pediátrica inaugurados pelo Governo do Estado e a precariedade na assistência básica às crianças têm gerado grande preocupação entre os moradores de Cajazeiras. O protesto foi organizado para exigir das autoridades locais e do governo estadual, ações imediatas visando melhorias na saúde pediátrica e a garantia do direito à vida e à saúde das crianças.

As manifestantes, muitas delas mães, carregavam cartazes com frases como "Nossas crianças merecem cuidado e atenção" e "UTI pediátrica para salvar vidas". Elas pediram por investimentos na ampliação dos serviços de saúde pediátrica na região, além da contratação de profissionais qualificados e da melhoria das condições de atendimento nas unidades de saúde.

A morte das duas crianças em espera por leito de UTI pediátrica trouxe à tona a necessidade urgente de investimentos e melhorias na rede de saúde pediátrica em Cajazeiras. O protesto realizado pelas mães e demais manifestantes busca pressionar as autoridades a agirem prontamente para evitar mais perdas de vidas e garantir o direito à saúde das crianças na cidade.