Deltan Dallagnol critica decisão do CNJ de afastar o juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro

"Não há nada de consistente contra Bretas. Não há sítio, não há tríplex, não há joias luxuosas, não há contas no exterior, não há dinheiro escondido na cueca, não há diamantes, não há barras de ouro", disse o parlamentar.

Por Redação - Além do Fato em 01/03/2023 às 04:32:26

O deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que liderou a força-tarefa da Operação Lava Jato, lamentou na Câmara, nesta terça-feira (28), o afastamento do juiz Marcelo Bretas.

"De tudo o que veio a público, não há nada de consistente contra o Juiz Marcelo Bretas — não há sítio, não há tríplex, não há joias luxuosas, não há contas no exterior, não há dinheiro escondido na cueca, não há diamantes, não há barras de ouro. O que existe de consistente em relação ao Juiz Marcelo Bretas é um trabalho com sangue, com suor e com lágrimas, para recuperar mais de 4 bilhões de reais desviados da população que mais sofre no Brasil e para colocar na cadeia quem cometeu esses crimes. Nós vivemos num país em que, em breve, as nossas crianças vão estar brincando de ladrão e polícia e de polícia e ladrão. Só que vai ser o ladrão que vai perseguir e vai colocar na cadeia a polícia. É este o País que nós queremos? Nós precisamos usar a nossa indignação e transformar o nosso amor na nossa força política de transformação. Eu quero convidar todos a não desistirem. Eu quero convidar a população brasileira a usar essa indignação e esse amor como força e como móvel da transformação, a não desistir do nosso País", lamentou o parlamentar.

Em sessão sigilosa nesta terça-feira, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Bretas ficará afastado do cargo até a conclusão da investigação. Suspeito de irregularidades na condução de processos, Bretas é alvo de três procedimentos no CNJ.

Comunicar erro

Comentários