Jair Bolsonaro entrega ao TSE relatório com detalhes de possível fraude nas inserções de rádio

111 rádios do estado da Paraíba constam no documento de 'checking de mídia' enviado ao TSE, que comprovaria a não veiculação inserções da campanha de Jair Bolsonaro

Por Redação - Além do Fato em 26/10/2022 às 01:47:08
A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou, na noite desta terça-feira (25), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório acompanhado de um link público do Google Drive com acesso a uma planilha de horários que comprovaria que oito emissoras de rádios teriam reproduzido mais inserções a favor do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que de Bolsonaro. Pelo menos 111 rádios do estado da Paraíba constam no documento enviado pela campanha do atual presidente Jair Bolsonaro. Audiency lista os nomes das emissoras, as cidades e frequências em que funcionam, além dos horários, até os segundos, das propagandas.

Entre as citadas no documento de 'checking de mídia' e estão as rádios da PB: Tabajara, BandNews JP, Patamuté, Arapuan FM, CBN JP, Cabo Branco FM, Jovem Pan JP, Sucesso, Carriri, Difusora Cajazeiras, Mix, POP FM, Alto Piranhas, Morada do Sol, Independência, São Bento FM, Itabaiana FM, Solânea Comunitária, Taperoá Comunitária, Cenecista, Correio do Vale, Correio FM, 98 Correio JP, Constelação FM, Consolação FM, Maringá FM, Correio Agreste, Consolação do Vale, Rural Guarabira, Poço Dantas Sat, Cabaceiras, Novo Olinda, Caruá, RPF, Araça , Correio da Serra, Princesa Isabel FM, Liberdade FM, Pocinhos FM entre outras. (Lista completa) (Outras informações)

Na segunda-feira (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que o presidente teve 154 mil inserções de rádio a menos que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas duas semanas.

A petição foi uma resposta à determinação do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após a apresentação de dados levantados por uma auditoria particular contratada pela campanha bolsonarista, Moraes divulgou despacho dando o prazo de 24 horas para que fossem apresentadas provas que comprovassem os números apresentados em coletiva de imprensa pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. Caso as denúncias não sejam provadas, a coligação do presidente poderá ser enquadrada por crime eleitoral.

De acordo com o ministro Moraes, a petição protocolada pelo PL na segunda não tinha "qualquer prova e/ou documento sério" "limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo 'relatório de veiculações em Rádio".

Nesta terça, o QG de campanha de Bolsonaro rebateu pecha de documento "apócrifo" dada por Moraes. "O aludido documento, embora não formalmente assinado, pelo que se penitencia a Representante, foi, no entanto, como reconhecido na própria decisão, veio identificado como de autoria da empresa Audiency Brasil Tecnologia, tendo sido apresentado, em todas as páginas do documento, o nome e CNPJ da empresa assim informados".
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