Conselho Regional de Medicina constata situação caótica no Trauminha de Mangabeira "Faltam insumos básicos, como luvas e fios de sutura"

Por Redação - Além do Fato em 11/11/2021 às 04:05:39

A situação do Complexo Hospitalar Mangabeira Tarcísio Buriti (Trauminha), em João Pessoa, segue crítica. A unidade já passou por sete vistorias do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) e ainda mantém irregularidades graves. Na noite dessa terça-feira (9), o diretor de fiscalização do conselho, Bruno Leandro de Souza, reuniu-se com diretores e médicos do hospital para discutir os problemas. O CRM-PB planeja um encontro com o secretário municipal de Saúde, Fábio Rocha, para que seja traçado um plano de ações que resolvam as falhas o quanto antes. A ideia é que a reunião ocorra ainda nesta semana.

"Estruturalmente, o hospital vem passando por reformas, que já trouxeram algumas melhorias. Mas ainda há muita coisa a ser feita e resolvida. Um equipamento de saúde como o Trauminha não pode ficar na situação em que está", disse o diretor de fiscalizações do CRM-PB.

Conforme relato dos médicos, faltam insumos básicos no hospital, como lâmina de bisturi, luvas de procedimento, fios de sutura, cateter intravenoso, dentre outros.

Os profissionais também afirmaram que o hospital não tem condições de agendar alguns tipos de procedimentos, como as cirurgias de cabeça e pescoço, por não possuir equipamentos e medicamentos especiais para tais operações. Muitas vezes faltam também antibióticos e outros remédios.

A Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.

Relatório da última vistoria

Em agosto deste ano, em parceria com os Ministério Público Federal e Estadual, o CRM-PB fez mais uma fiscalização no Trauminha. Conforme o relatório de fiscalização foi verificado que a disponibilidade de medicamentos e insumos básicos para o exercício da medicina continuava em nível crítico, com medicamentos prescritos que não estavam sendo administrados nos pacientes e sem estoque na farmácia central.

Também foi constatada superlotação, com pacientes com fraturas de extremidades internados em leitos de observação e urgência, alguns em poltronas, aglomerados. Ainda havia superlotação na Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA), com quantidade de pacientes superior ao número de leitos. Na URPA também foi verificada a falta de equipamentos para monitorização adequada em quantidade suficiente

Comunicar erro

Comentários