Vereador Tarcisio Jardim e deputado Cabo Gilberto condenam aprovação da quarentena forçada para que pressionais da Segurança Pública possam concorrer em eleições

Por Redação - Além do Fato em 16/09/2021 às 18:32:38

A imposição de uma quarentena para algumas categorias profissionais concorrerem às eleições, aprovada na última quarta-feira (15) na Câmara dos Deputados, causou indignação no vereador Tarcísio Jardim (Patriota). O parlamentar criticou duramente a emenda ao novo Código Eleitoral que prevê o afastamento do cargo, quatros anos antes da disputa eleitoral, para policiais civis, militares, federais, integrantes das Forças Armadas, magistrados e membros do Ministério Público.

"Eu não acredito que os nossos pares, políticos em Brasília, aprovaram a quarentena para todas as forças de segurança pública. Eles agora precisam se ausentar do cargo quatro anos antes do pleito, Ou seja, o Estado vai pagar o salário desses servidores quatro anos, sem eles trabalharem, para que eles possam pleitear um cargo público?", indagou o vereador.

De acordo com Tarcísio Jardim, a medida é inconstitucional. "Você não pode restringir os direitos políticos de alguém por ocupar um cargo público. E, pasmem, a proposta ainda prevê que caso você ganhe a eleição e exerça o mandato, você ainda tem que obedecer oito anos fora da corporação depois de sair da legislatura. São doze anos sem trabalhar para você se candidatar", criticou.


O deputado estadual Cabo Gilberto Silva fez postagem em sua conta no Twitter em tom crítico e ao mesmo tempo com ironia ao que aconteceu na Câmara Federal nesta quarta-feira, quando os deputados aprovaram quarentena imposta aos policiais, promotores e juízes.

O texto obriga os policiais , juízes e promotores a deixaram em definitivo suas funções por período de quatro, para só depois disso poderem se candidatar.

"O policial prende um bandido, que é denunciado pelo promotor que é julgado pelo juiz… No final, dessas quatro pessoas só o bandido pode ser candidato para representar o povo. Foi assim que a maioria da Câmara dos Deputados votou ontem, dá para acreditar? Onde fica o Art. 5?", postou o parlamentar.

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