Prefeito de Cabedelo Vítor Hugo e mais 19 pessoas viram réus por suposto esquema de servidores 'fantasmas' e 'rachadinhas'

Por Redação - Além do Fato em 17/08/2021 às 18:27:42

Uma decisão da justiça de Cabedelo desta terça-feira (17) transformou em reús o prefeito Vítor Hugo (DEM), o ex-prefeito Leto Viana e outras 18 pessoas acusadas de participação num esquema de contratação de servidores fantasmas e "rachadinhas" na Câmara Municipal de Cabedelo. Os fatos teriam acontecido entre 2017 e 2018, quando Leto era prefeito e Vítor Hugo vereador da cidade.

Entre os denunciados, inclusive, estão uma série de outros vereadores da época. Incluindo aí Jacqueline Monteiro França, esposa de Leto Viana e ex-primeira dama cidade, que na época dos fatos era também vice-presidente da Câmara Municipal. Servidores públicos municipais também fazem parte da lista.

À reportagem, o prefeito Vítor Hugo se disse tranquilo, reafirmou sua inocĂȘncia e lembrou que o mérito da questão ainda não foi analisado. "Recebo com naturalidade e tranquilidade o recebimento da denúncia pela justiça, haja vista que é simplesmente receber ou não. Não exsite julgamento do mérito. LĂĄ na frente vamos provar nossa inocĂȘncia. Todos os vereadores do Brasil tĂȘm o direto a ter seus cargos por lei, e os meus cargos não eram fantasmas. Isso eu vou provar", explicou.

A decisão que transformou os 20 denunciados em réu partiu do juiz Henrique Jorge JĂĄcome de Figueiredo, da 1ÂȘ Vara Mista de Cabedelo. No documento, ele registra que "hĂĄ indícios suficientes de autoria e prova da existĂȘncia de crime".

O caso é um desdobramento da Operação Xeque-Mate, investigação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba que apresentou denúncia contra os citados.

O Gaeco pede a cassação de mandato que ainda ocupe cargo eletivo e ainda o pagamento de R$ 5.120.965,27, que seria o prejuízo que o esquema de corrupção teria causado aos cofres públicos.

Na ação, o Gaeco, do Ministério Público da Paraíba, pede a perda do mandato eletivo dos envolvidos(caso tenham), além do pagamento de R$ 5,1 milhões a título de indenização por danos materiais e morais.

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